domingo, 7 de março de 2010

A direita entra-me no bolso…

Já confessei o “crime” da minha pasta azul. Sim, aquela que me acompanha (quase) sempre e está cheia de canetas, pequenos blocos de apontamentos, cadernos, etc.; Já confessei o “crime” dos lembretes do telemóvel. Sim, todos aqueles lembretes que me vencem diariamente. Hoje, é dia de confessar o “crime” dos bolsos…

Ando sempre com os bolsos cheios. Não, a verdade é que ando sempre com os bolsos com lotação esgotada. Ou melhor, em “overbooking” (muita coisa a querer entrar mas sem caber). A quantidade (e qualidade) das coisas que andam nos meus bolsos foi aumentando à medida que a minha idade foi crescendo. Antigamente trazia uma carteira no bolso de trás das calças onde passeava, orgulhosamente, as primeiras moedas e os primeiros cartões. Quando me sentava aquela carteira causava-me um grande desconforto. Mais tarde passei a usar a minha carteira num dos bolsos da frente mas, também dai teria que sair para um dos bolsos do casaco e, finalmente, para dentro de uma carteira que anda a tiracolo.

Os meus bolsos (ainda) cheios são hoje o prolongamento da minha casinha lisboeta. No bolso do lado direito anda normalmente a chave do carro. O chaveiro que a acolhe apenas tem uma chave (o que é um grande alivio!). No bolso do lado esquerdo anda a chave da casa de Lisboa ou a chave da casa de Coimbra. Qualquer destas chaves está acompanhada de muitas outras, a maior parte das quais não sei o que abrem! Ali, no bolso esquerdo “mora” também o telemóvel que desejo não toque (se isso acontece não o consigo tirar do bolso a tempo de o atender). Quando as calças que visto são “à carpinteiro”, ou seja, com bolsos nas pernas, não é nada difícil enchê-los: caneta, bloco, lenços de papel, etc., etc., etc.; Os bolsos do casado são o desastre total. Vamos ao inventário. O bolso do lado esquerdo tem uma luva. O bolso do lado direito tem: a fantástica caneta com que escrevo este texto, uma pequena embalagem de lenços de papel, um leitor de MP3 com o seu acessório, outra luva, uma pequena embalagem de gel anti-gripe A (recolhida num dos hotéis que é a minha casa), um cartão da loja “A Vida Portuguesa”, dois pequenos blocos cheios de letras (que dão origem a textos para “O Despertar”) e, por último, uma informação turística sobre uma das minhas mais recentes descobertas: o Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo (a visitar, visitar e voltar a visitar). Contrariamente ao que parece os bolsos do meu casaco estão neste dia em versão “light”. É muito natural que os meus leitores se questionem sobre o porquê de no lado esquerdo apenas ter uma luva e no lado direito tanta coisa. A resposta é muito simples: sou canhota e a mão direita está sempre mais livre para entrar no bolso!

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