sábado, 11 de maio de 2013

Inteligência …

Aqueles que queremos desfrutar com a nossa vida profissional temos que nos reinventar constantemente e aceitar que é inevitável (re)começar uma nova profissão várias vezes ao longo da nossa vida. Vivemos na era do conhecimento, do talento e da criatividade e é absolutamente fundamental termos a capacidade de nos adaptarmos à nossa era. Deste modo temos que ter a preocupação de responder a uma questão fundamental: “Para que sirvo?”. Esta reflexão impõe uma outra questão: “A quem sirvo e resolvendo que problemas?”. As mudanças que se vivem nas economias mundiais são devidas à passagem da economia industrial à economia do conhecimento, baseada em ideias e em talento. Os países, as empresas e as pessoas, que tiverem a capacidade de compreender e integrar esta mudança terão êxito. Nesta era criativa, as ideias, o talento e o conhecimento são o motor da economia. Uma questão importante e muito actual é a seguinte: “Como podemos reinventar-nos profissionalmente?”. A resposta é simples (?): aprendendo. Como disse José António Marina (filósofo espanhol): “A educação deve ser o motor da prosperidade, porque o seu objectivo é criar talento, que se converte na verdadeira riqueza das nações.”. A questão “Para que sirvo?” responde-se com outra questão “O que é que eu sei que oferece valor a outras pessoas?”. Todos podemos desenvolver um talento, com disciplina e dedicação pois este será o resultado da prática e da aprendizagem durante 10.000 horas (como defende Matthew Syed). O talento é a soma de aptidão (o que sei) e atitude (quero saber mais e melhorar). Existe, no entanto, uma condição fundamental para o talento florescer: a vocação que se traduz na paixão pelo que fazemos, no amor pela nossa profissão e no desejo de servir mais e melhor a nossa sociedade. Sempre que desempenhamos um trabalho porque não temos outra coisa ou apenas para ganhar dinheiro, este não nos corre bem. Nesta era do talento não temos opção: ou nos decidimos servir com vocação – entregando-nos de corpo e alma até alcançarmos o êxito – ou escolhemos vender horas em empregos pouco interessantes, com condições precárias e mal remunerados. O preço da ignorância é demasiado alto!!! Nos tempos actuais é possível (e desejável) converter aquilo de que gostamos numa profissão útil e rentável. “Para que sirvo?” – esta questão está na cabeça de muitos jovens (e menos jovens) que estão sem (ou com) emprego e recorda-me que, segundo José Luís Borges, a dúvida é um dos nomes da inteligência …

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